Tuesday, November 14, 2006

O que nos aguarda...

Arriving at a time of demographic, political, and cultural weakness, Muslims are profoundly changing Europe. "Islam has youth and will, Europe has age and welfare." Put differently, "Pre-modern Islam beats post-modern Christianity." Much of the Western world, Mr. Steyn flat-out predicts, "will not survive the twenty-first century, and much of it will effectively disappear within our lifetimes, including many if not most European countries." With even more drama, he adds that "it's the end of the world as we know it."

Título: Europe is Finished, Predicts Mark Steyn
by Daniel Pipes; New York Sun; November 14, 2006.

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If there was ever any doubt about whom America’s enemies like to see in charge of Congress, this week’s elections surely beheaded it. Immediately after the scope of Democrats’ victory became clear, al Qaeda released an audiotape congratulating the American people on their wisdom. Iran’s supreme ruler issued a statement declaring that having Democrats in charge “is actually an obvious victory for the Iranian nation." Hugo Chavez issued a four-hour speech waxing on about his comrades, the Democrats. And Maureen Dowd of the New York Times smiled for the first time in 12 years.

Título: Al Qaeda, Iran, Hugo Chavez, N.Y. Times Celebrate Democrat Victory;
por Mac Johnson

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"Miguel,


Vc é um analfabeto político. Nunca estudou educação na vida, logo, não sabe que educação é um ato politico. Quer que as tua filha seja de direita coloque numa escola de direita. Isso é tua doutrinação, porque elas vão TER que escolher um lado, e até aqui deve ser ligado A SUA DOUTRINA. Não existe esse negócio de educação imparcial seu imbecil! Ela vai escolher, não tem por onde. E não te preocupe tanto, com minha experiência te garando que se vc é rico ela não será de esquerda muito tempo, por mais persuasivos que sejam os professores. A grana é foda, ela vai querer o luxo que o papi proporciona e provavel que até case com um cara rico...Mas decididamente você não entende nada de educação!

Nem sei pq escrevi...talvez porque sua página tenha me assutado...oooooo aberração heim!

É Lula de novo amigão! Hehehe

Stevens"

MENSAGEM RECEBIDA PELO COORDENADOR DO SITE ESCOLA SEM PARTIDO

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Cansados dessa triste realidade, os nicaragüenses seguiram os ventos da mudança de Lula, Evo Morales, Hugo Chávez, Michelle Bachelet e Tabaré Vázquez, trazendo de volta ao poder, pelo voto, um líder que comandou a revolução contra a ditadura somozista e que, amadurecido por três derrotas eleitorais consecutivas, propõe agora uma nova cultura política para o país: unidade nacional para o enfrentamento da pobreza e para a geração de empregos.
Título: Nicarágua: perspectiva democrática por Carlito Merss

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Programa de Governo para o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Siva (2007-2010)

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As Relações - Ação Afirmativa

Saturday, November 11, 2006

Paul Johnson


Texto do IL sobre o grande historiador britânico

Veja aqui seu artigo mais recente


O século XX foi generoso para a Inglaterra em termos intelectuais. Além de Winston Churchill - para muitos o maior líder político do século passado -, aquele país contou com significativo número de liberais da maior expressão. Para lá acorreram o economista Friedrich Hayek e o filósofo Karl Popper. O primeiro "think tank" liberal do ocidente surgiu a poucos quarteirões do Parlamento inglês, graças ao espírito empreendedor de Sir Anthony Fisher e ao trabalho infatigável de Arthur Seldom. No campo da História, Paul Johnson emerge como a grande figura das três últimas décadas, ocupando com justiça um espaço que pertencera a Churchill.

A produção intelectual de Paul Johnson não tem paralelo recente. Nascido em 1928 na Inglaterra, ele até hoje utiliza a máquina de escrever. Assim mesmo, produz alentados volumes de História, numa velocidade alucinante que já o levou a publicar mais de 35 livros, sem contar milhares de artigos e ensaios em revistas e jornais do Reino Unido e dos Estados Unidos. Ainda hoje, com mais de 70 anos, publica semanalmente um artigo no The Spectator e colabora regularmente com o jornal The Daily Mail.

- A marca de Paul Johnson

Católico e conservador, não teme nenhuma polêmica. Seus livros, lidos quase compulsivamente por quem se interessa minimamente por História, vêm carregados com as impressões e opiniões do autor. Personagens e fatos ganham contornos especiais e novas interpretações. Em sua obra monumental A History of American People, por exemplo, ele não se preocupa em diminuir a estatura de um Franklin Roosevelt ou de "perdoar" um Richard Nixon. O que talvez incomode mais os críticos de Paul Johnson seja a seriedade e a profundidade da pesquisa que ele invariavelmente conduz antes de escrever. Se suas opiniões são polêmicas, elas vêm muito bem sustentadas por documentos, dados e testemunhos. As notas e referências não comprometem nem a fluidez nem o humor de seus textos. Apenas tornam ainda mais difíceis de contradizer suas teses. Essa fórmula o consagrou nos Estados Unidos, onde a história dos norte-americanos já vendeu mais de 200 mil exemplares.

- A conversão

Mas Paul Johnson não foi a vida toda um historiador e jornalista identificado com o conservadorismo. Na verdade, até 1977 ele esteve vinculado ao trabalhismo e se considerava um socialista (na linha do socialismo fabiano) – o que é bastante previsível para alguém educado dentro da tradição jesuítica e que fora aluno do Magdalen College, em Oxford (tendo como tutor o famoso historiador britânico A. J. P. Taylor). Nesse ano, escreveu um famoso artigo sob o título ‘Adeus ao Partido Trabalhista’. Não mediu palavras para descrever a intolerância dos trabalhistas com o individualismo que, no seu modo de ver, seguia o caminho que levou aos horrores dos campos de concentração nazistas e soviéticos. Rompeu com um passado como editor de publicações "progressistas" e tornou-se conselheiro de Margaret Thatcher. Passou um ano (1980) nos Estados Unidos, onde tornou-se amigo de Michael Novak (escritor igualmente católico e conservador) e Ronald Reagan.

- A produção intelectual

A partir de sua "conversão" é que Paul Johnson passou a publicar os livros que já o consagram como o maior historiador da atualidade. Entre eles podemos destacar Tempos Modernos1, surgido em 1983. Trata-se de uma história do século XX, entre os anos 20 e a queda do Muro de Berlim, onde Johnson destaca o papel central do relativismo no verdadeiro "banho de sangue" que foi o século há pouco terminado.

Em 1988 Johnson produziu outra obra de enorme repercussão: Intellectuals. Nessa obra, ele se volta para personalidades, traçando implacáveis perfis biográficos de "intelectuais malcomportados", desde Rousseau, passando por Marx, até Edmund Wilson. Na linha de biografias, destaca-se igualmente Napoleão, recentemente traduzido para o português. O regime de violência e intromissão que marcou o período do corso, representou para Paul Johnson uma advertência mas também uma herança para o século XX. A importância e o destaque que Paul Johnson empresta aos personagens históricos, aliás, é explicada pelo próprio: ‘quanto mais estudo História, mais me convenço de que os acontecimentos sofrem muito mais influência da força de vontade de pessoas-chaves do que da presença sutil de forças coletivas’.

Como bom católico, Johnson não deixou de traçar uma detalhada história da cristandade (A History of Christianity), desde o Novo Testamento até o século XX. Mas sua confissão não o impede de reconhecer e esmiuçar os períodos mais tenebrosos do catolicismo, pois o objetivo de Johnson é sempre muito claro: a verdade. Os judeus também renderam outro trabalho extraordinário (A History of the Jews), que se estende desde Noé até Israel na década de 80. Nada escapa ao espírito analítico de Johnson, muito menos temas espinhosos, como o envolvendo os palestinos na Terra Santa.

A historiografia de Paul Johnson é verdadeiramente impossível de ser resumida em um simples perfil. Basta mencionar que ele ainda escreveu diversas outras obras extremamente recomendáveis, entre as quais vale citar A History of the British People, The Birth of the Modern e The Renaissance: a Short History (Johnson é um importante colecionador da pintura do período pré-Rafael).

Paul Johnson vive numa bela casa inglesa, evidentemente rodeada por um jardim, milhares de livros, obras de arte e os cuidados da esposa Marigold.

- Principais livros de Paul Johnson publicados em português

História dos Judeus2. Rio de Janeiro: IMAGO. 1989. 653p;

Tempos Modernos: o mundo dos anos 20 aos 801. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990. 667p.

Renascença

Napoleão

Intelectuais

- Principais livros de Paul Johnson publicados em inglês

A history of modern world: from 1917 to the 1980s2. London: Weidenfeld and Nicolson, 1984. 817p.

Intellectuals2. New York: Harper & Row, 1988. 385p.

Modern times: the world from twenties to the eighties2. New York: Harper & Row, 1985. 817p.

A History of American People

A History of the English People

The Birth of the Modern

A History of Christianity

A History of the Jews

[1] À venda no IL; integra o acervo da biblioteca Ludwig von Mises, do Instituto Liberal
[2] Acervo da biblioteca Ludwig von Mises, do Instituto Liberal










A Cultura Adversária

Keith Windschuttle
Address to: Summer Sounds Symposium
Punga Cove, New Zealand
February 11 2006
Título original: The Adversary Culture.The perverse anti-Westernism of the cultural elite

Nas últimas três décadas ou mais, muitos dos principais formadores de opinião nas nossas universidades, na mídia e no meio artístico consideravam a cultura ocidental, quando muito, como algo do qual deviam sentir vergonha ou, na pior das hipóteses, como algo ao qual deviam se opor. Antes da década de 60, quando os intelectuais ocidentais refletiam nas conquistas de longo prazo de sua cultura, eles as explicavam nos termos da própria evolução dessa cultura: a herança da Grécia Antiga, de Roma e do Cristianismo, temperados pela Renascença, pela Reforma, pelo Iluminismo e pelas revoluções industriais e cientificas. Mesmo uma critica radical como a do marxismo era basicamente um assunto interno, decidida a realizar o que se imaginava ser o destino do Ocidente e a conduzir sua história ao que consideravam um nível mais levado.

Hoje, contudo, esse pensamento é recusado pela intelligentsia reinante como triunfalista. O domínio político e econômico do Ocidente é, com mais freqüência, explicado não por sua dinâmica interna, mas por seu comportamento exterior, em especial sua rivalidade e agressão para com outras culturas. O sucesso ocidental ocorreu pretensamente às expensas de outras culturas. Em vez de insistir em revoluções ou revoltas internas, esse novo radicalismo constitui uma esmagadora crítica negativa à civilização ocidental em si. .

De acordo com essa ideologia, em lugar de tentar globalizar seus valores, o Ocidente deveria permanecer em seu próprio espaço cultural. Valores como direitos humanos universais, individualismo e liberalismo são considerados como meros produtos etnocêntricos da historia ocidental. O saber cientifico produzido pelo Ocidente é apenas um entre os muitos “modos de saber”. Para substituir o universalismo ocidental, essa critica oferece o relativismo cultural, um conceito que considera o Ocidente não como o fastígio da cultura humana, mas simplesmente como um sistema cultural entre muitos outros igualmente válidos.

Para o relativismo cultural não existem padrões capazes de avaliar a cultura humana. Todas as culturas, portanto, devem ser consideradas iguais, conquanto sejam diferentes. Ele aparece em duas versões: soft e hard.

A versão soft prevalece hoje na estética. Quem freqüentar um curso universitário sobre critica literária ou história da arte descobrirá que os padrões tradicionais já não mais se aplicam. A Ópera italiana não pode mais ser considerada superior à chinesa. O teatro de Shakespeare não foi melhor que o de Kabuki, apenas diferente.

A versão hard vem das ciências sociais e dos estudos culturais. Costumes culturais dos quais muitos ocidentais instintivamente se esquivariam estão agora de acordo com sua integridade, para não rebaixar a cultura que os produziu.

Por exemplo, embora as feministas ocidentais tenham achado um dia a misoginia explícita de algumas culturas tribais desagradável, nos anos recentes elas tomam como respeitáveis algumas práticas que antes condenavam. Feministas acadêmicas agora negam que a incineração de viúvas, ou sutte, seja um costume bárbaro. O estudioso e teórico da cultura indo-americana, Gayatri Chakravorty Spivak, coloca a prática do sutte numa ilustre posição dentro da cultura indígena, comparando-a à tradição cristã do martírio. Outrora as feministas denunciavam a remoção cirúrgica do clitóris de mulheres islâmicas como uma mutilação da genital feminina. Há pouco, redefiniram o procedimento como sendo uma “incisão” genital, procedimento que para o crítico de arte e literatura Germaine Greer deve ser reconhecido como manifestação autêntica das mulheres islâmicas afetadas.

De modo análogo, em The Conquest of America (1985), o francês Tzvetan Todorov, teórico da literatura, compara o canibalismo mexicano à Eucaristia cristã, e o historiador pós-moderno australiano, Greg Dening, no livro Mr Bligh's Bad Language (1992), declara ser o sacrifício polinésio um ritual equivalente à pena capital aplicada na Inglaterra.

É obvio que algo de muito errado está ocorrendo. A lógica do relativismo conduz os acadêmicos ocidentais para águas turvas. Eles agora estão dispostos a aprovar costumes obviamente cruéis, desumanos e que repudiam a vida, costumes que transgridem tudo o que alegam defender.

Para compreender o quanto essas suposições tornaram-se decadentes, basta comparar o relativismo de hoje com a atitude que prevalecia quando do predomínio cultural britânico. Sir Charles Napier, comandante britânico na Índia de 1849 a 1851, assinou um acordo com lideres hindus locais no qual se comprometia a respeitar todos os costumes, exceto a prática do sutte. Sob protestos dos líderes hindus, Napier permaneceu imóvel:

Vocês dizem que queimar viúvas é um costume de vocês. Muito bem. Nós também temos um costume: quando homens ateiam fogo a mulheres vivas, nós amarramos uma corda em volta dos pescoços desses homens e os enforcamos. Construam a sua pira funerária, e ao lado desta meus carpinteiros construirão uma forca. Vocês podem seguir seu costume. Mas então nós seguiremos o nosso.

O conjunto moral do relativismo cultural é um apelo à tolerância e ao respeito para com outras culturas, não importa o quanto desconfortável possamos ficar com suas crenças e práticas. Há, todavia, uma cultura que se faz notar pela ausência disso tudo. O pedido por aceitação e compreensão não se estende à cultura ocidental em si, cuja história é vista como pouco mais que um crime contra o resto da humanidade. O Ocidente não pode julgar outras culturas, mas deve condenar a si mesmo.

Desde os anos 60, historiadores acadêmicos de esquerda têm-se esforçado em gerar um amplo cinismo sobre a natureza das democracias ocidentais, com o objetivo de solapar a habilidade destas em dispor de lealdade e de questionar sua legitimidade. Permitam-me demonstrar algumas situações nas quais as histórias nacionais e imperiais são usadas para denegrir a cultura e a sociedade do ocidente, assim como para dotar algumas nações, principalmente as que descendem da Grã-Bretanha, de uma identidade histórica da qual elas só podem se envergonhar.

Continue lendo o original em inglês aqui