Saturday, September 30, 2006

Verdades Desagradáveis Sobre Assuntos Diversos - II

13 - Se não tivesse havido ditadura militar, o cinema brasileiro seria outro ... muito melhor.

14 - Os brasileiros adoram livros, nossas capas são as mais belas do mundo.

15 - Um clássico é um livro muito citado e pouco lido. (O.M.Carpeaux, salvo engano)

16 - Depressão é nome moderno para antiga doença do espírito. É a doença da falta de sentido para a vida. Ou melhor, é a própria falta de espírito.

17 - A vida não tem maiores mistérios: é acreditar em Deus, tentar ser e fazer o melhor possível, e seguir em frente.

18 - O Exército foi o principal ator político da história do Brasil. Foi.

19 - Quem usa drogas contribui para o crime, quem compra produto pirata contribui para o crime, quem afaga criminoso contribui para o crime, e quem vota no Lula contribui para o crime.

Louis Lavelle - Bem-aventurada solidão

*Em recente postagem, Luiz de Carvalho, do blog Traduções Gratuitas, mencionou elogiosamente O Humanista. O que talvez ele não saiba é que este espaço teve como uma das principais inspirações o próprio Traduções Gratuitas. Cheguei um dia a escrever-lhe um email elogiando seu espaço, mas na última hora desisti, não lembro por que razão. Acho que a melhor forma de retribuir-lhe a lembrança é postando uma de suas traduções.

Mais um rascunho de Lavelle.


Convém jamais abandonar a solidão interior. Somente ela aproveita, pois que só ela nos põe em contato com Deus. A outra [solidão] é-lhe apenas imagem muita vez enganosa, fazendo-nos miserável, deixando-nos a olhar para nós mesmos.

No mundo, ninguém fará nada de relevante se não for capaz de juntar em si todas suas forças e encerrar-se na solidão interior – tal como um ovo isolado do exterior por casca impermeável, até ao momento em que, rompendo sua própria casca, dará à luz a uma vida livre e independente.

A vontade de solidão e a de poder semelham-se a dois contrários. Todavia, não há poder que não gere solidão. E a mesma solidão é tão-só desejo dum poder mais perfeito e recôndito.

A solidão é, a seu turno, a marca de nossa força e de nossa fraqueza – de nossa força, quando exerce em nós todas as potências da natureza humana, franqueando-nos a totalidade dos possíveis; de nossa fraqueza, quando nos encerra nos limites do eu particular, revelando-lhe as deficiências.

A solidão faz cada ser concentrar-se sobre as próprias virtualidades. Em se retirando do mundo, parece que carece de tudo. Mas, então, descobre o poder que possuímos de dar-nos tudo a nós – o que é a vida mesma do espírito. As virtualidades nada são se não consentimos pô-las à obra: e é na sociedade dos outros homens que se nos dá exercê-las.

O valor da solidão é o obrigar a pôr-nos em presença do que somos, i. é, do que nos constitui e deve ser distinto de todos acidentes de nossa vida. Não somos uma simples teia de relações: estas manifestam nossas potências, mas, amiúde, as embaraçam.

Traduzido por Luiz de Carvalho.

Sunday, September 03, 2006

Boas Leituras

Para quem não agüenta mais, como eu, ler jornais e revistas nacionais:

* http://www.newcriterion.com/
Não percam o artigo de Kimball sobre Richard Weaver:

In the great pantheon of half-forgotten conservative sages, the southern writer Richard M. Weaver (1910–1963) occupies an important, if curious, niche. I say “writer,” but that is an imprecise designation. By trade, Weaver was a professor of rhetoric. He is even the author of a textbook on the subject. One friend said that Weaver was “a rhetor doing the work of a philosopher.” It might be more accurate to say that he was a critic doing the work of a prophet. Prophets as a species tend to specialize in bad news; they rarely return from the mountain reporting that the management has concluded that everything down below is just fine.


* http://www.commentarymagazine.com/
A revista dos judeus conservadores americanos

*http://www.city-journal.org/index.html
Não percam os artigos de Theodore Dalrymple

*http://www.culturecult.com/index.htm
Bela hp de Roger Sandall sobre Cultura e Antropologia